domingo, 24 de julho de 2016

BLUE

Está frio. Não como eu gostaria pelo menos, mas nessas noites vazias por falta de companhia fico imaginando, como deve ser estar em sitônia com a vida?
São quatro da manhã e já fazem anos que eu não escrevo, mas acabei lembrando de sonhos perdidos E novos caminhos em diferentes sentidos. Me intitulo a pessoa que mais desistiu de sonhos como ninguém. Escolho os caminhos que surgem ao invés de procurar pelo correto. E me pergunto se estou fazendo o que é certo e penso em escrever cartas para pessoas pedindo desculpas, mas não faço ideia por onde começar.
A modelo que era estranha demais, a atriz que morria ao subir em um palco, a não-cantora que deixava seu violão sem cordas pendurado atrás da porta, os livros nunca terminados, a psicóloga que decidiu virar jornalista e acabou no turismo e aquela passada na administração, nunca conseguindo descobrir o porquê de se sentir ultrapassada por N MOTIVOS.
E ficar se perguntando como uma pessoa pode não se conhecer, afastar quem queira e tentar manter quem realmente tenta?
E não. Não queria voltar a ser criança, o mundo é pior para quem é ingênuo. É promíscuo demais para quem tem sonhos. É um baque surdo sem esperanças contidas num AZUL.

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